A área de aprendizagem e desenvolvimento vive tempos sem precedentes. A velocidade galopante das inovações nas empresas de hoje combinada com a expansão da força de trabalho distribuída demanda um jeito mais eficaz e mais ágil de aprender. A transformação digital se intensificou com o advento da COVID-19 em um ritmo tal que o equivalente a vários anos de inovação aconteceu em apenas alguns meses. A proliferação do trabalho remoto mexeu com a dinâmica de liderança, as práticas de cibersegurança e a capacidade de mudança de muitas organizações.
Nos últimos anos, líderes empresariais e de aprendizagem têm demonstrado interesse em criar programas de liderança digital, gestão ágil, solução de problemas complexos e desenvolvimento profundo de habilidades, conforme observa o analista e escritor Josh Bersin. “Por quê? Porque agora nós vivemos em um mundo em que todos os departamentos das empresas, do marketing ao pessoal de vendas, da cadeia de suprimentos ao atendimento ao cliente, passaram por uma reinvenção digital. Então, o problema não é ‘aprender algumas habilidades digitais’, mas, sim ‘reinventar o jeito de fazer negócios’”, explica Bersin.
Tudo isso revela que as academias de talentos são uma estratégia eficaz de aprendizagem e desenvolvimento para qualquer empresa que queira manter a agilidade da sua força de trabalho, com foco e total preparação para o futuro. Embora os sistemas de gestão de aprendizagem (LMS, na sigla em inglês) e as plataformas de experiência de aprendizagem (LXP, na sigla em inglês) ainda sejam ferramentas cruciais para a área, as academias de talentos, viabilizadas por algo que alguns estão chamando de plataforma de domínio, podem ter um papel importante na ampliação da retenção do conhecimento e da agilidade da força de trabalho por meio de uma experiência de aprendizagem imersiva e social.
O Fórum Econômico Mundial estima que 44% das habilidades que os colaboradores têm hoje precisarão mudar até 2025 “para que as pessoas desempenhem suas funções com eficácia”. Os departamentos de aprendizagem e desenvolvimento estão no melhor momento para rever suas estratégias e considerar novas abordagens a fim de preparar a força de trabalho para o futuro.
O que são as academias de talentos? Por que elas são diferentes?
A maior lição que as empresas aprenderam com as turbulências econômicas dos últimos meses e com a suspeita de recessão que nos ronda é que não há nenhuma inovação em ferramentas ou aplicativo capaz de substituir uma força de trabalho ágil. Não faz sentido investir em novos sistemas ou tentar aperfeiçoar processos se os colaboradores não perceberem nenhuma vantagem neles e não conseguirem refletir sobre o valor dessas mudanças.
A percepção cada vez maior da necessidade de uma força de trabalho ágil tem lançado os holofotes sobre as academias de talentos. Também conhecidas como academias de habilidades, elas mesclam o desenvolvimento de habilidades técnicas e pessoais por meio de diversas modalidades de ensino, como EAD, treinamentos entre pares e conduzidos por instrutores.
As academias de habilidades imitam a experiência acadêmica do ensino superior. No entanto, em vez de abranger um amplo espectro de assuntos, o foco delas é resolver um problema específico da empresa e incorporar os conteúdos relevantes a partir daí. Por exemplo, em vez de trilhas rígidas ou catálogos personalizados de aprendizagem montados para necessidades específicas, uma academia de talentos virtual oferece um mix de atividades personalizadas de desenvolvimento, aprendizagem entre pares em tempo real, além de mentorias e coaching no âmbito individual.
Em uma academia de habilidades, o conteúdo é apresentado por um conjunto de especialistas setoriais e da área de aprendizagem e desenvolvimento. Esse conteúdo está sempre evoluindo e indo além na promoção contínua da colaboração, no intercâmbio de ideias e em experimentações de aplicações empresariais.
Segundo um artigo do Brandon Hall Group, “a academia que se concentra nas capacidades em vez de nos conjuntos individuais de competência e habilidades cria uma sintonia muito mais fina entre a aprendizagem e os resultados empresariais, bem como entre a aprendizagem e o apoio ao desempenho individual. O foco dessa nova estratégia de academia é proporcionar experiências inovadoras que aproveitam conteúdos educativos desenvolvidos dentro e fora da organização, fornecidos tanto pelos aprendizes quanto por especialistas, e que se sustentam no aspecto social e colaborativo de atividades de mentoria e coaching dentro da organização”.
“A academia que se concentra nas capacidades deixa de ser um mero repositório de conteúdos e cria um ambiente imersivo de aprendizagem, onde os colaboradores sentem que estão aprendendo o que precisam para trabalhar e progredir em suas carreiras”, conclui o artigo.
Há outros benefícios, tais como:
Há um senso de responsabilidade maior quando os aprendizes trabalham em grupo.
Diferentemente da aprendizagem segregada, em que talvez somente um gestor saiba como um determinado colaborador está se saindo, a aprendizagem em grupo, por natureza, faz com que os participantes se sintam mais responsáveis. Os cursos podem imitar estruturas acadêmicas com prazos para as atribuições, discussões em tempo real e disponibilidade de conteúdos sob demanda.
As academias também costumam ter um elemento de coaching, que ajuda os colaboradores a se manterem focados para aproveitarem as experiências educativas ao máximo.
A aprendizagem é oportuna.
Geralmente, os treinamentos corporativos comuns têm pouca eficácia por serem descontextualizados. Por exemplo, uma empresa que se reposiciona para passar a atender clientes maiores pode se beneficiar de uma academia de habilidades porque os conteúdos estarão disponíveis para que os treinamentos aconteçam sempre que necessário. Se as necessidades mudarem, os conteúdos também podem evoluir rapidamente.
A aprendizagem está atrelada aos resultados da empresa.
Em vez de ter cursos ou conteúdos genéricos que até podem satisfazer aspirações profissionais dos colaboradores, os conteúdos de uma academia de talentos virtual giram em torno das necessidades da empresa. Peguemos como exemplos a Comcast e a Visa. A Comcast tem uma academia de atendimento ao cliente, enquanto a Visa está montando uma academia FinTech.
Invista na sua academia de habilidades.
A concorrência acirrada e o nível elevado das expectativas dos clientes fazem com que as empresas precisem ser ágeis, inovadoras e responsivas ao dinamismo e às necessidades do mercado. Por isso, investir no desenvolvimento de talentos é mais importante do que nunca.
A Degreed conhece esses desafios como ninguém. Nossa aquisição da Learn In facilitará o acesso às academias de talentos para os nossos clientes. Com elas, as empresas terão mais recursos para enfrentar esses novos desafios, tornando a experiência de aprendizagem muito mais do que interessante e relevante, sempre com foco na empresa, na força de trabalho e na atualidade.
Quer saber mais? Confira a Learn In.