Tenha mais eficiência. Quando essa demanda soa urgente por toda a empresa em meio a uma crise econômica que enxuga os orçamentos e causa demissões em massa, pode parecer que seu programa de aprendizagem e desenvolvimento precisará apertar os cintos — ou pior: esteja prestes a ser cortado.
A rapidez na reação e na adaptação a esses tempos difíceis é crucial para manter iniciativas importantes — e o seu emprego — nos trilhos.
É fundamental provar o valor da área de aprendizagem e desenvolvimento. E ter tudo preparado para isso é essencial.
“Um dos primeiros cortes que os líderes decidem fazer [em uma recessão] é na aprendizagem”, contou recentemente Francesco Mantovani, diretor global de tecnologias de aprendizagem e inovação da Procter & Gamble, à HR Exchange Network. “É fácil entender essa lógica: a maioria das pessoas pensa que não acontecerá nada se os colaboradores não continuarem aprendendo por seis meses”.
Essas pessoas não poderiam estar mais erradas. Com as mudanças tecnológicas galopantes que estão acontecendo em todos os setores, sua organização não pode se dar ao luxo de esperar o fim de uma crise econômica para retomar iniciativas de upskilling e reskilling. Para vencer a concorrência, seus colaboradores não podem ficar sem desenvolver novas habilidades.
Claro, fazer cortes na área de aprendizagem e desenvolvimento não é o mesmo que cortar as habilidades e os conhecimentos que sua força de trabalho já tem. No entanto, seus colaboradores perderão a motivação que as oportunidades de aprendizagem proporcionam. E essa perda de motivação pode virar uma queda no desempenho, observa Mantovani.
Empresas que fazem cortes na área de aprendizagem e desenvolvimento são míopes.
A perda do acesso à aprendizagem é bem ruim. E, para uma força de trabalho que já está em uma espiral negativa de demissões em massa, a redução ou o fim de oportunidades personalizadas de aprendizagem pode ter um efeito duplamente desmotivador.
Com o declínio do desempenho, sua empresa pode sofrer outras complicações, como queda da produtividade, prejuízo da qualidade, aumento da taxa de rotatividade, redução da carteira de clientes, menos inovação e crescimento insatisfatório.
Nas palavras dos analistas do ROI Institute: “Se sua empresa não tem visão de futuro, pode ser recomendável eliminar a função de aprendizagem e desenvolvimento. Mas, se a organização tem visão de longo prazo, ela precisa dessa área”.
Após a crise de 2008, o KFC “saiu da recessão com um esquema de investimento de 150 milhões de libras esterlinas para abrir até 300 novas lojas no Reino Unido até 2014 (um anúncio feito no auge da recessão em 2009)”, segundo um relatório do Cegos Group. “Isso está gerando mais oportunidades para os colaboradores também nos produtos assados, sem fritura. O compromisso de investimento e crescimento em tempos difíceis envia uma mensagem firme ao quadro de pessoal em relação às oportunidades que esse cenário cria. O resultado disso? Mais engajamento dos colaboradores”.
É fundamental reter grandes talentos.
Identificar seus melhores talentos e investir neles para que alcancem o sucesso são posturas essenciais para amenizar turbulências econômicas, segundo a consultora Andrea Maliska da Rebel Learn. “O corte […] de oportunidades para colaboradores motivados e de alto desempenho gera a sensação de que eles não estão tendo acesso aos benefícios, ao crescimento e ao valor que suas funções já proporcionaram.
“Quando isso acontece, pode haver aumento da taxa de rotatividade durante a crise ou no início da retomada econômica, com o reaquecimento do mercado de trabalho. […] Isso pode destruir o moral da empresa e causar grandes prejuízos”, alerta Maliska.
Estudos mostram que o custo total da perda de um colaborador pode variar de dezenas de milhares de dólares a 1,5x o salário anual dessa pessoa.
Tenha consciência do seu valor e comprove-o.
Diante da ameaça de recessão, o que um profissional de desenvolvimento de talentos que trabalha com orçamentos apertados deve fazer? Como você ganha eficiência e ainda usa o seu trabalho na área de aprendizagem e desenvolvimento em prol do bem maior da sua organização?
Nosso novo kit de sobrevivência à recessão para a área de aprendizagem e desenvolvimento chegou para ajudar. Compilamos as 10 principais iniciativas que líderes de aprendizagem inovadores podem adotar para manter a relevância da aprendizagem e desenvolver e reter os colaboradores — e provar o valor de suas funções — em tempos turbulentos.
Baixe o kit e imprima-o para sempre se lembrar de:
- Procurar talentos internamente;
- Concentrar-se nas trajetórias de carreira;
- Identificar os gaps de habilidades dos colaboradores;
- Criar oportunidades de apoio e feedback;
- Medir a produtividade, não o tempo gasto.
Embora o futuro seja incerto, o planejamento pode ser a salvação.
Recentemente, Jack Kennedy, economista do Reino Unido na Indeed, expressou esperança de que demissões em massa relacionadas à recessão não serão tão profundas como as que aconteceram durante a crise financeira de 2008.
Com planejamento para encarar uma recessão, você pode ajudar a estimular uma reação positiva na sua empresa e sair na frente da concorrência. Além disso, você pode ajudar a preservar a cultura de aprendizagem da organização e demonstrar o valor positivo que isso traz para os negócios. Ao planejar mais eficiência para seus programas de aprendizagem, mantenha seu kit de sobrevivência por perto e guie-se por ele para enfrentar os próximos meses.