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Como equipes de aprendizagem podem começar a experimentar com a IA

* Todos os experimentos estão em inglês

Estamos em uma nova era de experimentos de IA, e todo mundo das equipes de T&D e gestão de talentos pode participar. 

O que está acontecendo hoje é uma revolução tão grande quanto a Revolução Científica, que nos agraciou com novas visões de mundo proporcionadas pelo método científico. Naquela época, a humanidade dependia dos experimentos de Bacon, Galileu, Copérnico e Newton para entender o mundo. 

Hoje, também contamos com algumas pessoas que fazem experimentos tecnológicos e conduzem pesquisas para nortear e promover avanços para toda a organização. Mas, com a disseminação da IA em todas as áreas, esperar que poucas pessoas façam experimentos para tantos usos é simplesmente uma perda de tempo desnecessária. 

Toda equipe de T&D e gestão de talentos pode e deve embarcar nos experimentos de IA. Qualquer pessoa pode posar de Galileu ou Marie Curie, atiçar a curiosidade e se aventurar nesse universo.

Se a liderança ou a equipe de T&D da sua organização ainda não experimentou nada de IA, chegou a hora de dar os primeiros passos. Veja a seguir como montar o laboratório de IA de vocês. 

Passo 1: estabeleça limites.

Antes de convidar qualquer ajudante para o seu laboratório de IA, é bom definir algumas regras. Nos desenhos animados, as coisas sempre saem do controle e a sala explode. Ninguém quer que isso aconteça na empresa, certo? Experimentos de IA sem limites põem todos em risco: colaboradores, clientes e a própria empresa. 

O conselho para começar pelos limites da IA foi passado em um painel do LENS, Explorando a IA: experimentos de IA no mundo real, apresentado por Jim Hemgen, diretor de gestão de talentos da Booz Allen. Além da definição de limites, Hemgen recomenda divulgar as regras e políticas igualmente para todos os colaboradores. Todo mundo na empresa pode e deve fazer seus experimentos com a IA para facilitar o dia a dia de trabalho, mas, para fazer isso com segurança, cada um precisa estar ciente e obedecer às políticas corporativas, especialmente quem integra as equipes de T&D e gestão de talentos. 

A Booz Allen é uma das maiores fornecedoras de soluções de IA para o governo dos Estados Unidos, portanto, a ênfase em governança não é nenhuma surpresa. Por atender a praticamente todos os órgãos federais e colaborar com a Casa Branca para moldar a política nacional de governança de IA, a Booz Allen é líder na criação de estratégias de IA que abordam questões éticas e morais.

Talvez não seja preciso criar regras do zero na sua empresa. Pode ser que vocês já tenham esses limites definidos no que chamamos de governança de IA. Aliás, vale a pena frisar que a governança de IA aborda diversas questões, desde fatores éticos e mitigação de vieses até compliance regulatório e questões jurídicas. Caso sua empresa ainda não tenha nada assim, é importante acionar a equipe de liderança para fazer essas definições.

Passo 2: crie uma força-tarefa.

Depois de estabelecer as regras do laboratório, é hora de as equipes de T&D e gestão de talentos colocarem a mão na massa. Podemos chamar esse grupo de Força-tarefa de IA, Embaixadores de IA ou qualquer outro nome mais criativo. O segredo aqui é provocar a participação dos colaboradores. A área de IA é grande e complexa demais para uma pessoa só dar conta de tudo, então, está na hora de montar uma equipe para vocês ganharem eficiência. 

Intel Corp formalizou um grupo de Embaixadores de IA, com um orçamento definido e instruções para explorar ferramentas de IA na área de T&D, contou no LENS Gary Lutz, gerente de tecnologias de T&D.

Os Embaixadores de IA da Intel analisaram ferramentas gratuitas, ferramentas pelas quais já pagavam e ferramentas que a empresa não tinha. Após essa coleta de dados, eles criaram uma recomendação para a liderança apontando onde valia a pena investir tempo e dinheiro em IA ao longo dos próximos anos. 

O grupo de IA da Intel não foi criado para atuar de forma definitiva. “Essa iniciativa será um processo contínuo, que acompanhará a evolução das coisas”, pontuou Lutz.

Passo 3: ajuste o foco.

Com os limites estabelecidos e a equipe montada, chegou a hora de definir qual será o foco dos experimentos com IA da sua organização. Embora as possibilidades sejam realmente infinitas, bons cientistas delimitam bem a área de pesquisa. 

Como definir o foco? Bom, muitos especialistas dão o mesmo conselho. Em um artigo recente da Forbes, o escritor e futurista Bernard Marr aconselha toda empresa que queira se aventurar no campo da IA a começar pela estratégia, e não pela tecnologia

Marr quer dizer que as empresas devem se concentrar em suas metas e objetivos corporativos. E, como todos sabemos, isso pode abranger aspectos bastante distintos, como ganhos de eficiência na cadeia de suprimentos, aumento da personalização nas ações de marketing ou melhorias do atendimento ao cliente, por exemplo. Após identificar os problemas que vocês estão tentando solucionar e os objetivos que estão tentando concretizar, faça um brainstorming das formas como a IA poderia de fato ajudar.

A Booz Allen adotou uma postura nessa linha. O pessoal que trabalhou nos experimentos de IA por lá criou uma lista das maneiras como as equipes de T&D e gestão de talentos poderiam conquistar vantagens imediatas ao começar a usar soluções de IA. Dentre os itens, havia casos de uso de peso, como melhorar a eficiência com a automação de tarefas como curadoria de conteúdos, além do uso de ferramentas de IA como chatbots e plataformas de aprendizagem adaptativa para ampliar o público com mais eficiência. 

A adoção da IA começa pela experimentação. 

Evoque os Galileus e Maries Curie do passado e siga os passos de empresas inovadoras do presente. Sabe como? Experimentando. O mundo da IA evolui em ritmo exponencial, portanto, as equipes e profissionais de aprendizagem que não começarem a fazer seus experimentos e absorverem as tecnologias de IA ficarão para trás logo, logo. 

A Degreed está levando esse assunto muito a sério e lançou uma série no blog chamada “Experimentos da Degreed”. Todo mês, Taylor Blake, nosso vice-presidente sênior de novas iniciativas, publica posts que abordam assuntos como taxonomias de IA para habilidadesconteúdos gerados por IAIA conversacional para T&D

Se a curiosidade estiver grande por aí, veja mais insights no painel de 30 minutos Explorando a IA: experimentos de IA no mundo real  (em inglês). Você verá mais dicas sobre assuntos como:

  • Como criar um programa de aprendizagem preparado para a IA (Minuto 14:30)
  • Quais habilidades de IA os colaboradores precisam ter em 2024 (Minuto 23:30)