A pressão só aumenta: no mundo pandêmico de hoje, o futuro da área de aprendizagem e desenvolvimento está ligado à oferta de aprendizagem remota, personalizada e com baixo custo. Ao mesmo tempo, as expectativas que antes recaíam sobre o departamento de RH agora também fazem parte da pauta de CEOs.
As equipes de aprendizagem e desenvolvimento sempre foram responsáveis pelo desempenho dos colaboradores, pelo cumprimento das leis e pela preparação geral da força de trabalho para atender às necessidades da empresa.
Além dessas antigas expectativas, essas equipes agora assumem novas iniciativas. Cada vez mais, a área de aprendizagem e desenvolvimento fica responsável por tornar a força de trabalho mais ágil, inovadora, saudável e inclusiva, além de normalmente lidar com a escassez de talentos no mercado.
Está claro que não é possível atender a todas essas expectativas focando exclusivamente na criação ou no compartilhamento de conteúdos. Embora essa continue sendo uma parte crucial de estratégias de aprendizagem de impacto, a nova cartilha que norteia o futuro da área de aprendizagem e desenvolvimento demanda uma metodologia mais abrangente.
Segundo o artigo recente da MIT Sloan Management Review intitulado Executing the CEO’s Agenda Through Targeted Learning (Execução da pauta de CEOs por meio da aprendizagem direcionada, em tradução livre), “executar a pauta de CEOs quase sempre exige que o pessoal da organização adote novas maneiras de ver, pensar e agir. O sucesso requer aprendizagem em larga escala, com velocidade e onde ela será mais importante. Mas falar é fácil”.
As equipes mais inovadoras na área de aprendizagem e desenvolvimento enxergam tudo isso como uma oportunidade. Elas estão deixando de lado a criação de conteúdos educativos para propiciar as condições ideais para o ato de aprender. Essas condições são o alicerce de uma cultura de aprendizagem positiva que, por sua vez, é essencial para atender às expectativas da área de aprendizagem e desenvolvimento em larga escala.
O que é cultura de aprendizagem?
São as atitudes, os valores e os comportamentos (sobre aprendizagem) de determinado grupo (seus colaboradores).
Mudar a mentalidade para se concentrar na cultura significa transformar o cerne da sua estratégia de aprendizagem. Percebemos que as empresas mais ágeis traçam estratégias que dão autonomia para que os colaboradores aprendam proativamente. Quem conseguir fazer isso bem estará sempre um passo à frente da disrupção.
Vejamos o exemplo da Verizon. Quando o lockdown da COVID-19 começou, a operadora de telefonia móvel e cliente da Degreed fechou temporariamente quase 70% de suas lojas da noite para o dia. Então, a Verizon analisou as habilidades de mais de 20.000 colaboradores e os realocou para atender a outras demandas fundamentais da empresa. Com dois ou três dias de treinamento, coaching prático no dia a dia e rapidez no reskilling, foi possível evitar o corte de pessoal e manter o atendimento aos clientes com ainda mais rapidez e eficiência.
A Verizon desfruta de uma cultura de aprendizagem contínua alinhada à estratégia empresarial e ao desenvolvimento profissional, com total integração ao fluxo de trabalho. Esses valores foram fundamentais para a operadora conseguir manter a agilidade ao realocar quase 90% de seus colaboradores para o modelo de trabalho remoto. Com uma mentalidade de aprendizagem ininterrupta, a Verizon priorizou o upskilling e o reskilling internamente.
Investir no desenvolvimento dos seus colaboradores nunca deixará de ser necessário, e há duas maneiras principais de engajá-los. Essas metodologias podem se complementar em uma estratégia de aprendizagem impactante e dimensionável.
A oferta de treinamento é uma metodologia top-down. Ela começa pela administração e se estende até os colaboradores.
Quando o foco está na autonomia das equipes, temos uma metodologia bottom-up. Os colaboradores aprendem por conta própria, aumentando a agilidade e a escalabilidade da sua estratégia. Nesse caso, a base do processo está nas atitudes, nos valores e nos comportamentos das pessoas em relação à aprendizagem (ou seja, a definição de cultura, lembra?).
A aprendizagem individual é mais dimensionável
Em nossa pesquisa mais recente sobre como a força de trabalho aprende, descobrimos que pessoas imersas em uma cultura de aprendizagem positiva se dedicam a aprender por conta própria com muito mais frequência do que quando equipes de aprendizagem e desenvolvimento fazem a curadoria de eventos relevantes.
A aprendizagem é reforçada por oportunidades prospectivas de praticar e aplicar as novas habilidades, não apenas por demandas voltadas quase sempre para atender a necessidades momentâneas. A motivação das pessoas vem de um propósito: construir o próprio futuro, e elas colaboram entre si para que todos evoluam juntos.
Em nossa pesquisa, definimos os “promotores” como os colaboradores que avaliam positivamente a cultura de aprendizagem de suas empresas, enquanto os “opositores” fazem uma avaliação negativa.
Seja em culturas positivas ou negativas, as pessoas pesquisam na internet, assistem a vídeos, consultam artigos online e leem livros físicos. No entanto, tudo isso acontece com mais frequência em culturas positivas, nas quais a aprendizagem por conta própria é mais aberta e livremente incorporada ao dia a dia de trabalho.
O que tudo isso significa para o futuro da área de aprendizagem e desenvolvimento?
Significa que os profissionais de aprendizagem mais inovadores estão mudando a forma como encaram suas funções, deixando de se ver como meros provedores de conteúdo para atuar como agentes de capacitação, ajudando os colaboradores a assumir o controle de suas próprias carreiras. Além disso, eles auxiliam os gestores a encontrar novas maneiras de orientar o desenvolvimento pessoal de cada integrante da força de trabalho e usam estatísticas orientadas por dados para reimaginar programas de aprendizagem.
Significa dar acesso a ferramentas e recursos que as pessoas podem usar de forma orgânica ao longo do dia para se desenvolverem de formas mais dinâmicas do que pela simples conclusão de aulas e cursos pré-determinados.
Quer saber mais?
Baixe o relatório Como a força de trabalho aprende para conhecer 15 medidas que podem ser tomadas para implementar uma cultura de aprendizagem positiva na sua organização. Ainda tem dúvidas? A gente responde. Fale com um representante da Degreed hoje mesmo!